Mozilla Hubs
O primeiro escolhido nessa lista é Mozilla Hubs. Escolhemos o Hubs, pois, além de ter uma versão gratuita, ele é uma das soluções mais recheadas de funcionalidades para Educação dessa lista. Com a versão gratuita é possível criar salas privadas e usufruir de todas as funcionalidades do aplicativo. A limitação será na customização dos controles e do acesso, o que pode ser um problema para a grande maioria das instituições de ensino. Mas para testar é um bom começo.
Na versão paga, chamada de cloud; é possível customizar seu URL e ter mais controle sobre o software, sobre comandos, sobre formas de acesso e privacidade da sala. Essa é a solução que recomendamos para projetos focados dentro de instituições de ensino. O deploy do software é feito em um servidor AWS da Amazon e é escalável, o que significa que é possível ampliar os recursos da máquina que vai rodar o aplicativo. VaAlgumas mos entender o que é possível fazer com o Mozilla Hubs, mas se já estiver interessado, aqui na Educlick nós criamos, customizamos e gerenciamos espaços de realidade virtual para o ensino, marque uma conversa conosco que explicamos tudo.
Diferente de todas as outras soluções que iremos apresentar aqui, o Mozilla Hubs tem um software generoso de criação 3D associado à ferramenta. Isso permite ao usuário editar os ambientes já disponíveis, ou criar seus próprios ambientes. O app chama-se Spoke e embarca templates de ambientes, acesso a objetos 3D por meio do Sketchfab, acesso à iluminação da cena. Também é possível decorar a cena com objetos 2D – o logo de sua escola, por exemplo – objetos 3D, documentos e links.
Todo o ambiente e a experiência no Mozilla Hubs contam com escuta responsiva. Isso significa que, na medida em que me distancio ou aproximo de uma pessoa – avatar –, vou ouvindo sua voz mais baixo ou mais alto.
O app conta ainda com um recurso interessante de criação de zonas de som. Com este recurso, o usuário pode projetar uma “bolha sonora”. Quando acessada pelo avatar, ele passa a ouvir o que quer que tenha sido selecionado para tocar ali dentro. Uma vez que ele abandona a zona, deixa de ouvir o som. O recurso pode ser sensacional para aulas de sensibilização musical, ou mesmo para deixar palestras rodando em looping.
Do ponto de vista do usuário final, o Mozilla Hubs oferece uma experiência interessante. Para acessar o aplicativo, o usuário pode usar o computador, um dispositivo móvel ou óculos de realidade virtual. Ao entrar em uma sala você é convidado a selecionar saída de som, microfone e câmera. É também nesta etapa que escolhe seu nome e seu avatar. O Mozilla Hubs tem avatares mais parecidos com desenhos animados do que com pessoas reais. A pegada é mais lúdica e, por vezes, até um pouco infantil, o que pode ser um fator de impedimento para alguns casos. No entanto, é possível customizar e criar avatares do zero. Uma coisa bem interessante é que alguns avatares possuem o recurso de exibir sua câmera, o que deixa a experiência um pouco mais realista. Todos os avatares podem reagir com Emojis.
Uma vez dentro do ambiente é possível compartilhar sua tela ou sua câmera, que podem ser indexadas a molduras pré-fixadas na cena. Com isso é possível deixar vídeos e cenas já preparadas dentro do ambiente para que as pessoas os assistam durante a aula ou encontro. Também é possível compartilhar objetos 3D que estão disponíveis por meio de um banco. Mas você pode criar o seu próprio e subir na plataforma desde que obedeça a critérios técnicos pré-estabelecidos. Isso significa poder fazer uma aula de anatomia com um modelo realista de um corpo humano, por exemplo.
A navegação com o Avatar não é a melhor experiência dessa lista. Para andar pelo ambiente usamos um conjunto típico de games (Q/W/E/A/S/D). Os controles tem uma boa fluidez para frente, para trás e para os lados. No entanto, para virar em seu próprio eixo há uma quebra e a cada clique há um salto de uma posição para outra o que pode incomodar em alguns casos. Mas de modo geral a experiência com o aplicativo é bastante gratificante. Tendo em vista o valor agregado e as possibilidades oferecidas, essa seria nossa recomendação para grande maioria dos casos.
Spatial
Spatial é nossa segunda escolha e pode, como o Mozilla Hubs, ser utilizado com uma versão gratuita. Com a conta gratuita é possível fazer quantas salas privadas você quiser, no entanto o controle sob a reunião é limitado em relação à versão paga. Mais uma vez, este pode ser um problema para a grande maioria das instituições.
Spatial roda em um servidor próprio e para acessar o serviço é preciso usar uma URL com o nome da empresa. Ou seja, diferente do HUBS, não é possível criar uma sala com a URL de sua instituição.
Porém, tal como o Hubs, é possível customizar as salas. São bem menos os recursos disponíveis, do que no Mozilla Hubs; além disso alguns recursos não são muito úteis. A lista de objetos 3D disponíveis é pequena e praticamente inútil, já que os objetos estão ali mais para demonstração e entretenimento. No entanto, é possível fazer upload de objetos 3D também, tal como no Hubs. Portanto, se a ideia for usar o recurso para apresentar modelos 3D, como por exemplo uma aula de anatomia, Spatial pode ser uma saída interessante.
O ponto alto do Spatial é que seus Avatares são produzidos exclusivamente para o usuário e recebem uma plotagem 3D do seu próprio rosto. Ou seja, para situações que exigem um pouco mais de seriedade e um descolamento da experiência de jogos infantis, este pode ser o caminho.
Diferente do Mozilla Hubs, a navegação pelo ambiente é fluida, limpa e intuitiva. É possível uma visão em primeira pessoa, mas também é possível ver seu avatar enquanto se move. Para quem não está acostumado com ambientes de realidade virtual este é um recurso muito bem-vindo.
O Spatial foi desenvolvido para explorar o mercado de NFT´s e arte digital. Portanto, é orientado para este nicho e tem funcionalidades extras para acomodar este uso em particular. Por exemplo, com um clique é possível organizar sua arte digital a partir de uma pasta nas paredes de uma Galeria Virtual. A mesma facilidade não existe para compartilhar câmera ou um app e sua tela, como no Hubs. Como vimos, no Mozilla Hubs você pode criar molduras que viram pontos de adesão para qualquer coisa que você compartilhar. O documento, ou mesmo sua câmera se acomodam no interior da moldura com um gesto específico. Com o Spatial, é necessário achar uma posição para o objeto compartilhado, e isso exige alguns cliques, um pouco de prática e tempo, o que pode ser um fator de distração
De modo geral a plataforma funciona melhor para o que foi projetada, a exibição e o compartilhamento de NFT´s e arte digital. Pode ser uma solução interessante para o mercado corporativo e para quem cansou da bidimensionalidade do Zoom, mas a dica é preparar sua reunião com antecedência. Para Educação nossa escolha ainda é o Mozilla Hubs.
Minecraft Education Edition
O Minecraft education edition é um capítulo à parte, mas não poderia deixar de estar nessa lista. Antes de começar a avaliar vale lembrar que para acessar o recurso é preciso ter uma conta Microsoft 365 plano A3, pelo menos – não deve ser confundida com a conta Office 365 plano A3 para Educação; esta não dá direito a usar o Minecraft Education Edition. Se tiver dúvidas sobre como usar os recursos Microsoft na sua instituição, você pode agendar uma conversa conosco; podemos montar juntos um projeto de consultoria.
Diferente dos dois recursos anteriores, o Minecraft Education Edition não é projetado para ser um ambiente de sala de aula virtual, como os anteriores. Não há compartilhamento de tela, tampouco de câmera, ou seja, não é um substituto do zoom tridimensional. O Minecraft é uma experiência em si e é usado como ferramenta dentro de salas de aulas. Basicamente ele permite a construção de jogos para que os alunos aprendam a partir de desafios colaborativos. Como na sua versão habitual, a versão para educação leva em conta a construção de mundos a partir de blocos, motivo pelo qual o jogo é tão conhecido e celebrado. A partir dessa premissa é possível pensar uma série de desafios no campo da lógica, da matemática, do ensino de línguas, Ciências, História, Cultura e assim por diante.
Dentro do ambiente é possível encontrar jogos prontos que ficam disponíveis para o professor usar. Todos eles apontam quais são os aprendizados pretendidos com aquele jogo e são divididos por áreas. Na área de ciência, por exemplo, há um jogo bastante celebrado sobre abelhas. Nele o aluno pode criar seu próprio ambiente com suas flores e árvores, distribuir suas colmeias de uma maneira sustentável, aprender sobre polinização, sobre o papel de cada planta no ecossistema das abelhas, que tipo de mel será produzido a partir do sistema que ele criar e qual a utilidade daquele mel que ele produziu. A certa altura o jogo permite ao aluno voar nas costas de uma abelha em busca das substâncias necessárias para seu objetivo.
Como dissemos, este não é um metaverso que tem por objetivo reproduzir a experiência de uma sala de aula. É um jogo. Tampouco é possível usar o recurso de forma gratuita. A versão Trial é bem limitada. Mas é sem dúvida um dos recursos mais interessantes para educação. Vale lembrar que é necessário instalar um aplicativo. Portanto, diferente de Spatial e Hubs ele não roda em um Browser. ALgu
Roblox
Com uma proposta parecida com o Minecraft Education Edition, Roblox tampouco é feito para que se experimente um ambiente de encontro virtual. Roblox é uma plataforma de jogos e socialização. Com uma conta do Roblox você tem acesso a uma série de jogos em 3ª pessoa, ou espaços de interação e socialização. A interação é feita por meio de chat e não com áudio e vídeo. Roblox é ao mesmo tempo uma plataforma de consumo de jogos e de produção. Portanto, os próprios usuários podem construir seus jogos. A comunidade é quem faz a curadoria dos jogos atribuindo notas a cada um deles. Em 2021 Roblox contou com mais de 40 Milhões de usuários ativos em um único dia.
O fato de a plataforma permitir a produção de jogos por meio de seu Roblox Studio, abre possibilidades ilimitadas para a produção de conteúdo educacionais. Já existem iniciativas assim dentro da plataforma, mas nada sistematizado como acontece no Minecraft. Mais uma vez, quem faz a curadoria no Roblox é a própria comunidade, ao passo que no Minecraft é um time de especialistas. Ainda não há muito o que ser mostrado na área de Educação, mas há definitivamente muito o que ser explorado, sobretudo no ensino infantil.
Em 2021 a Gucci – empresa de vestuário de luxo – fez sua entrada na plataforma com o Jardim Gucci. É possível comprar acessórios para seu Avatar, e navegar por um ambiente luxuoso que coloca em destaque as tendências da Moda. O raciocínio da marca foi acompanhar o comportamento de jovens e crianças que cada vez mais dividem seu tempo entre ocupar um espaço real e um virtual. A decisão parece apontar para um caminho inescapável que as escolas também terão de endereçar: buscar encontrar o jovem onde ele está e se relacionar com sua forma de ver e pensar o mundo.
Sinespace
Sinespace é uma plataforma de realidade virtual pensada para ser uma alternativa ao second ilfe. Ou seja, seu principal objetivo é a socialização. Entretanto, pode ser interessante para Educação. Com um pouco de criatividade é possível imaginar algumas possibilidades ali dentro. O Sinespace tem uma versão gratuita e por isso deixamos nessa lista. No Sinespace o avatar é um humanoide tal como o second life.
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